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Rondonópolis,18/08/2025

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Ex-diretor do Exército de Israel defende mortes de palestinos em Gaza

cnnbrasil.com.br
Ex-diretor do Exército de Israel defende mortes de palestinos em Gaza

Em um áudio vazado, o major-general Aharon Haliva, ex-chefe da inteligência militar de Israel, pode ser ouvido dizendo que as mortes de dezenas de milhares de palestinos em Gaza são “necessárias e necessárias para as gerações futuras”.


“Por tudo o que aconteceu em 7 de outubro, para cada pessoa em 7 de outubro, 50 palestinos devem morrer”, disse Haliva, das IDF (Forças de Defesa de Israel), nas gravações divulgadas pelo Canal 12 de notícias de Israel na sexta-feira (15). “Não importa agora se são crianças.”


“O fato de já haver 50 mil mortos em Gaza é necessário e necessário para as gerações futuras”, declarou ele nas gravações.


Não está claro quando ele estava falando, mas o número de mortos em Gaza ultrapassou 50 mil em março.




“Não há escolha — de vez em quando, eles precisam de uma Nakba para sentir o preço”, afirmou Haliva.


A Nakba, ou “catástrofe” em árabe, é um evento seminal na história palestina, quando cerca de 700 mil palestinos fugiram ou foram expulsos de suas casas por grupos judaicos armados em 1948, durante o estabelecimento do Estado de Israel.


Aharon Haliva


Haliva era chefe da inteligência militar israelense em 7 de outubro de 2023, quando o Hamas lançou ataques ao sul de Israel, nos quais 1.200 pessoas foram mortas e outras 250 sequestradas.


Ele renunciou ao cargo em abril de 2024 por sua “responsabilidade de liderança”, tornando-se o primeiro oficial sênior das IDF a fazê-lo.


As longas gravações parecem ser de longas conversas com Haliva, mas o Canal 12 não identifica a pessoa com quem o oficial aposentado está falando.


A afirmação central de Haliva ao longo das gravações é que o exército israelense não é a única organização responsável pelos fracassos que levaram aos ataques de 7 de outubro.


Ele culpa a liderança política de Israel e o Shin Bet, o Serviço de Segurança Interna, por acreditarem que o Hamas não realizaria um ataque.


Em declaração ao Canal 12 de Israel, Haliva disse que as gravações foram feitas em um “fórum fechado, e eu só posso lamentar isso”.


Ele chamou as gravações de “fragmentos de coisas parciais, que não podem refletir o quadro completo — especialmente quando se trata de questões complexas e detalhadas, a maioria das quais são altamente confidenciais”.


Pressão sobre Israel


Israel enfrenta crescentes críticas em relação à guerra em Gaza e seus novos planos de ocupação da Cidade de Gaza.


Na semana passada, o primeiro-ministro neozelandês, Christoper Luxon, afirmou que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, havia “perdido a noção” e que a tomada da Cidade de Gaza seria “completamente, totalmente inaceitável”.


Na sexta-feira (15), a primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, afirmou em entrevista ao jornal Jyllands-Posten que “Netanyahu agora é um problema em si mesmo”.


Em um comunicado, o Hamas condenou as declarações de Haliva e afirmou que a gravação de áudio “confirma que crimes contra nosso povo são decisões de alto nível e políticas oficiais da liderança política e de segurança do inimigo”.


Um relatório do Comitê Especial das Nações Unidas, divulgado em novembro passado, concluiu que a conduta de Israel em Gaza “é consistente com as características de genocídio”.


No mês passado, dois grupos israelenses de direitos humanos também acusaram Israel de cometer genocídio em Gaza. O exército israelense afirmou que a conclusão era “totalmente infundada”.


Israel negou repetidamente as acusações de genocídio, afirmando agir conforme o direito internacional.


 




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